quarta-feira, 30 de maio de 2007

Lançamento da campanha: Ô Erva-Doce, cadê você?

Amantíssima Erva...

Claro que respeito o silêncio temporal e necessário, para que possas fotossintetizar suas palavras a ponto de florecê-las.
Claro que sei que dias cinzas podem bem dar continuidade aos fótons necessários para polenizá-la...ou polemizá-la?
Mas não há como ser Daninha sem ser doce,
nem daninha ou doce, sem alastrar como erva!
Por isso... ô erva doce, cade vósmicê?

terça-feira, 29 de maio de 2007

Não corrompa seus orifícios com relações artificiais
Ou sublinhares.
Que não fazem sentido ou já se foram.
Não corrompa seus orifícios com noites alcoólatras,
Em bares sujos e banheiros alheios.
Não corrompa seus orifícios com conversas fiadas,
Favas contadas ou conto de puteiro.
Não corrompa seus orifícios com dedos demais,
Dedos de menos, ou dedo do meio.
Não corrompa seus orifícios com amores de plástico,
Amores banais ou amor sorrateiro.
Não corrompa seus orifícios com visões do passado,
Visões permanentes ou visão de cueiro.
Não corrompa seus orifícios com gosto de fel
Gosto de travesseiro ou gosto melado.
Não corrompa suas razões, pra te convencer, de suas verdades.
Faça translado.
Não corrompa suas relações artificiais, com as suas sublinhares, que não fazem sentido e já se foram, são orifícios.
Não corrompa suas noites alcoólatras, porque orifício são; em banheiros de bares sujos
Não corrompa favas contadas, conversas fiadas em orifícios como puteiros.
Não corrompa seus dedos demais, de menos, preferindo dedos do meio em orifícios alheios.
Com amores plásticos, não corrompa os banais e nem metade do mesmo.
E as visões do passado, que são permanentes, corrompa-as como cueiros
Com gosto de fel, corrompa os melados travesseiros.
Para te convencer, translade sua corrupção e suas razões de verdade.
Não corrompa seus orifícios.
Não corrompa os seus.
Não corrompa.

Banalização da Sanidade

Nesse mundo de cães perdidos, de horas marcadas, paranóias versânicas,
Loucura pela pobreza, pela pureza, pela indignação.
Loucura genética, visual. Conceitual, promíscua
Loucura rameira, induzida, moralizada.
O que eu não me conformo mesmo é essa banalização da sanidade!
Jogaram a sanidade no sanitário e deram descarga.
Não é mais belo ser são, a loucura agora é módica, não traz prejuízo, mas continua desumana. Já se tem receitas vendidas sob suspeita, para que todos se sintam inseridos, metódicos e loucos.
Doravante, como em todo o seguimento histórico, existe o lado rebelde e absolutamente alternativo dos fatos, a loucura não poderia ficar de fora.
A loucura sem receita, largamente vendida, no mercado alheio, para não perder a visão marginal típica, não da loucura desta vez, mas do fato de ser alternativo.
Sabia-se que em toda organização social, estava inserido um louco , entre os intelectuais, os bandidos, os professores, os desempregados, os cientistas, os desdentados,acidentados, analfabetos, cristãos, enfim, não se sabe mais.
E até mesmo ai, já havia a segregação:
Louco professor é só paixão,
Louco acidentado é estresse, seqüela;
Louco cristão é excesso de fé;
Louco desdentado é pena, medo,asco e vergonha;
Louco cientista é genialidade, excentricidade;
Louco desempregado é injustiça social;
Bandido doido é maldade, sarcasmo...
E a loucura tem nível social!
Se puderem pagar e não questionar, Rivotril, Aldol e cama acolchoada para descansar.
Se não puder e forem ignorados é papelão, ondas elétricas e trajes esfarrapados;
Se sentir-se aceito e a família for boa, é artista, visionário, entusiasta;
Se tem imaginação e família conformada; cineasta, poeta, médico ou arquiteto;
Se for classe média alta, um carro na mão, e grana pro delegado resolve o problema.
Se rico, é apenas alguém muito alegre, basta um analista caro, cartão de crédito, viagens ao exterior e um curso de história da arte.
O adolescente dos últimos tempos então? Produz loucura glandular.
Se não foi grunge, foi punk;
Se não foi play boy, foi techno boy, Hi-tech
Se é deprimido, é Emo.
Se não for patricinha, é rasta
A essa chama-se de loucura da idade, e pra ela basta a indiferença dos pais, preocupação das mães, psicólogos recém-formados e um ansiolítico qualquer. Nem mesmo o trabalho dignifica mais o homem, hoje em dia é a loucura.
No meio de tudo isso jaz a sanidade, totalmente convertida em síndrome do pânico, medo da violência, organizações não governamentais, queda do dólar e avidez financeira. Sanidade está fora de moda, não é mais discutida e pouco faz parte da atual realidade.
É sem graça. Sem pé nem cabeça e não dá mais dinheiro.
É exclusão social, hoje se tem musica só para os loucos, loucas meninas de trajes impróprios na vida do crime, Loucos senadores da república recitando poesias marginais,
Loucos cientistas escondendo clones da sociedade. Louco Papa excomungando a camisinha.
Não é mais espaço pra sanidade, estou sem graça, sem crédito enfim; sã!

domingo, 20 de maio de 2007

Digestão

Ah, criatura!
Informa,
Articula,
Desinforma
E vê se atua.
Criatura?
Desloca,
Disfarça,
Transloca,
Desvirtua,
Criatura!
Caminha,
Disfoca,
Desenha,
Que é sua!
Criatura!
Transpassa,
Regula,
Viaja,
Arregaça,
Criatura...
Aprende,
Perpassa,
Embaça,
Se fode!
Empata,
Repassa,
E cria a tua!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Quero ser o "cara que batiza as operações policias II

Dando continuidade a sessão “ quero ser o cara que batiza as operações policiais”, daremos uma chance a atualidade, operação “NAVALHA”, podem até dizer que trata-se de alguma analogia porca feita do filme “Navalha na carne”, na qual a nossa conhecida Vera Fisher protagoniza uma puta estilo madame Satã, mas não queridos não-leitores, trata-se da prisão de 43 suspeitos de fraudar licitações e superfaturar obras em vários estados. E a coisa caminhou até o “programa luz para todos”, do governo federal. Atentemos então para o raciocínio do excelente batizador da operações: Navalha pois “cortar “a luz que já não a possui, deve doer na carne. Navalha pela hemorragia nos cofres públicos feita pelos sanguinários 43 ladrões? Ou será porque a maioria era funcionário público, encostado pelo INSS, alegando pobres coitados, um cortezinho no pé?!

Operação ‘ROSA DOS VENTOS” , A ação aconteceu no dia 05 de Junho, Dia do Meio Ambiente, nas 27 unidades da federação e teve como objetivo o combate ao crime ambiental e o tráfico doméstico e internacional de animais silvestres. Como resultado da operação, foram lavrados dois Autos de Prisão em Flagrante, com o indiciamento de oito pessoas; cinco Termos Circunstanciados, com seis pessoas compromissadas a comparecer em Juízo; apreensão de vários equipamentos de mergulho e armas pneumáticas com arpões, cinco embarcações, redes com pranchas de madeira, 80Kg de camarão, 25 pássaros da fauna silvestre em 21 gaiolas e armadilhas, 43 vidros de palmito em conserva e um tatu abatido. Os pássaros foram soltos na Floresta do Palmito, as gaiolas destruídas e o camarão foi doado à comunidade carente em Paranaguá/PR.

Agora vos pergunto. Já viram árvore de palmito em conserva?O tatu realmente tinha de estar abatido depois dessa não? Acham mesmo que os 6 apareceram? Todos vivem de atestados médicos, da desinterias, e diarréias que adquiriram dos camarões que ingeriram antes de serem apreendidos, pelo menos tinham planos de saúde afinal de contas , para consumo não é crime. Imaginem as comunidades? Não são mais carentes. Devem todos ter empacotado depois de comer os camarões sem refrigeração gentilmente doados pela operação! Eita nossa policia! Acho que deram mesmo foi “mole”, vê se pode? Tentar contrabandear animais silvestre sem pedir autorização aos americanos, japoneses e alemães, que os patentearam faz tempo....Nessa o batizador deu furo, deveria se chamar : operação, não patenteou, dançou!
Acho que quem escreve essas matérias é o mesmo cara que batiza as operações!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Quero ser o "cara" que batiza as operações da Policia

Agora sim, depois desses dois dias com uma bela desculpa para o meu ócio, decidi!
Vislumbrei o que realmente quero exercer até o fim de meus dias, antes de ser mãe, de ser íntegra, de ter escrúpulo, ser rica ou ter dignidade, antes mesmo de comprar uma carro cinza, ter um cão gold retrivier , uma casa de cercado branco, amigos na favela ou até mesmo ter um DVD.
Quero ser o “cara” que dá esses nomes cretinos às operações realizadas pela polícia federal!
Este sujeito tende a ser pleno; hoje mesmo escutei a nova pérola; a sobre a deflagração de máquinas caça níqueis, a operação “Tormenta 2”. Sim, certamente já virou uma tormenta como essas malditas máquinas continuam dando lucro à grandes mafiosos por detrás delas, e como parecem ser, o único assunto em voga em nossa bitolada programação televisiva. No entanto, esta não foi melhor do que a operação "Pó da China", onde a polícia federal pretendia prender uma quadrilha de traficantes de produtos agrotóxicos falsificados. É claro que nada tem a ver com a China, nem mesmo com a enorme demanda de produtos chineses jorrando no mercado brasileiro sem controle algum. O sujeito que batiza as operações da polícia possui algo de divino, deve ter feito uma analogia entre algum condimento chinês com o poder de dar sumiço nos invólucros com agrotóxico. Pois nessa operação a grana apareceu (ou parte dela) , mas o agrotóxico mesmo necas de pitibiriba...
O que dizer então da operação 274 realizada na Paraíba? Tem como finalidade desarticular o cartel de combustível, antiga favas contadas, e me pergunto; porque 274?
Dou lá meus chutes: Pode ser que seja a 274ª. vez que prendem e soltam os coronéis responsáveis pelo imperioso cartel; ou talvez tenha sido 274ª tentativa da polícia de usar o serviço de inteligência de forma inteligente, como por exemplo realizar a operação sem que vaze informações; ou até mais simples, e na minha opinião mais óbvia: Eles devem ter pego o ônibus de número 274 para chegar em cada posto de gasolina, dada as condições de recessão de nossa polícia.
Lembro-me da operação "Shogum”, que pretendia apreender o chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong. Agoram vejam só, será que o gênio que batiza tais operações gostaria de fazer alguma homenagem a Ogum guerreiro (escrevendo o nome da operação em iorubá) pra ajudar a prender a praga do chinês, que não perdeu tempo e subornou o presidente da CPI da pirataria, o safado do chinês traficava animais silvestre, mas a maior multa mesmo, ele deve ter pago pro cara que batizou a operação pra ele, pois no fundo acho que queria dizer : “shogum reporti ver tu me passar a grana tu roda viu seu china”! Num é que rodou?
Melhor foi da operação "TAMAR", e o que poderia ser? Contra exploração sexual de crianças e adolescentes... Tá-marrado!
Mais a minha preferida é a operação "Pensacola", sobre fraudes no vestibular no Acre, agora racionalizemos: Quem não pensa, cola, e se como, segundo esse blog, o Acre não existe... Só pode ser milho.... esse cara realmente é genial.
Operação "Zumbi", nessa gostei mais foi do senso de humor do batizador da operação. Pois se tratava de servidores do INSS.
Sem falar na operação "Cacique", sim é isso mesmo, que claro nada tem a ver com a fiscalizações dos abusos realizados por estrangeiro em tribos amazonenses, nem mesmo, contra abusos sofridos em nossa flora e fauna, também realizada por estrangeiros que já patentearam até nossos índios, essa operação trata-se verdadeiramente de prender mercadorias contrabandeadas do mercado OI, que fica em BH... Afinal de contas, índio quer apito, e num pode ser do Paraguai, né mesmo?

To be continued

domingo, 13 de maio de 2007

Eu sei que fui embora, agora eu quero você de volta pra mim II.

Já eu não sei quando fui embora,
Não cheguei mesmo a conhecer o verde por detrás dos marrons,
Sei que os compõem muito bem, e dos marrons nem mesmo os erros e acertos são permissíveis.
Olhos marrons não aceitam aforismos, preferem alforrias,
Mas só depois que te tornam escravo!
É que está tudo errado, do auforia com “u” ,ao aforismo sem” L”.
Sei também que olhos marrons tentaram de coração, e ainda tentar amar a esquisitice, dando comida, educação, tecnologia, critica plausível e afeto em momentos de crises...
A esse marrom glacê, dado as conspirações emocionais e repetições incessantes,
este que não faz idéia do quão foi necessária por esse tempo,
em que decidia como seria as horas alheias. Poderosa, impetuosa, infalível, masculinamente solitária...
Porém eternamente solidária.

sábado, 12 de maio de 2007

Prévia carta de alforria e admissão de novas caminhos.

Posso ser esse caminho sem volta.
Porque o caminho que me apontaram não sei se quero seguir.
Se fico entre essas paredes,
se sigo essa estrada sem guia, de pedra, de dia...
Porque me tiram de lá?
Porque me puseram aqui?
Porque essa distância do mundo?
Porque esse mundo dentro de mim?
Quero a liberdade daqueles muros,
e as tiras de pano das noites vazias.
Quero aquela cama sem colchão
e o tato macio dos leitos desconhecidos,
Quero chamar isso de amor.
Aquela solidão das multidões
e os estrados repletos de sono induzido.
Que devolvam as vozes sem sentido
e a febre do convívio com o dia seguinte,
Sujeitos de branco com luvas nas mãos,
o cheiro do medo de ser mordido,
quero de volta o direito ao grunhido...
E como o ar fica mais agradável quando se sai do castigo,
do acordo secreto de esconder essa historia,
que vive estampada em volta si.
Que esqueçam que lá estive,
e que saibam que de lá nunca saí.
Não quero mais explicar essa coisa,
Nem que sintam o cheiro que eu trouxe de lá
Estou abandonando esse rótulo,
e assumindo o que eu esqueci de te contar.
Levo comigo o descompromisso
e a vontade de me permitir,
se uso a cama ou vaso pra fazer xixi,
ao ter que mijar atrás dos carros
e não ter o poder de me decidir.
Quero aquele olhar desumano
mais do que humanos sentindo pena,
do olhar parado, de minha falta de planos
da feições terna de quem não liga pro que falo
porque o que falo são minhas próprias sentenças.
Quero o ouvido de quem faz o que tem fazer
e te conhece pelo tubo de ensaio,
prefiro isso a ter que me resolver
com euforia das consciências alheias.
Quero desagradar a grego troianos
e ter o amor todo pra mim.
Quero que não mais se preocupem
com hora do dia, em que tenho de dormir.
Almoçar com o cheiro do ralo,
e ter de imaginar um banquete de reis
e se não der pra ter tanta imaginação,
seringas farão a tua própria lei.
Que meu cabelo pro alto não seja um problema,
apenas palavras que não sei falar.
Porque nelas inexistem fonemas,
e eu definitivamente
Não tenha obrigação de inventar.