terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Edemas

Até as mais débeis mentais,
tem em si mais valorosos eus liricos!
Abandonam sempre certa hora a menina sonhadora,
Daquelas pobres que ainda apaixonam-se pelo homem estranho da tv....
vendo neles o que vê em cada pedaço do que foi seu.

Porem foi só de passagem,
em algum devaneio sexual onde é claro,
ela não serve pra ninguém.
Será que a todo tempo se engana?
Que nao passa de mais uma fêmea tacanha?
de menores sentidos
de maiores extintos...
Se enganaria tanto tempo,
se não escondesse a pobreza que tem em alma?

Ah!Quantos valores sem fé!
Se assim ela é, que apodreça calada.
Ah! Quanta maneira errada,
de se ver ora bela, ora putrificada.

As imagens parece dela rir,
estampando seu próprio por vir
Ora pela manha, ora na madrugada.

Ah mais que belo final,
se não acha banal,
Por que está tão machucada?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Nota Urgente

Por causa dos recentes acontecimentos históricos, fui convidado por meu amigo-paciente Fidel, a substitui-lo;dada a envergadura de meu perfil, que segundo Fidel. seria capaz de tornar ainda melhor e mais acentuadas suas convicções, sendo eu o único a receber tal proposta, ainda dentro das comódices do regime.
Por perceber a impossibilidade de manter meu compromisso para com esse blog, tomo a rara postura, por parte de minha pessoa de ser democratico. Minha decisão dependerá então da opinião de minhas queridas Ervas, deixando claro que não tenho a intenção de desmerecer o espaço a mim dado aqui. Peço que se pronunciem a fim de auxiliarem- me neste decisão.
Grato
Dr. Sacharomyces Cerevices

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Marco histórico, Fidel : Ervas S/A como eu.

Terça-feira de 2008, data em que um estadista, renuncia seu trono, digo, mandato, a favor de sua prejudicada saúde, possível morte, ou sei lá as verdadeiras razões. Era fiel ao que acreditava ser, "uma nação soberana", ou será Fidel, fidelíssimo a suas próprias convicções nacionalistas?
Muito provavelmente, cria que o povo em sua vã sabedoria, não poderia conduzir sua economia, quando não pode relativizar a importância entre um Nike e seu sistema de saúde publica.
Antes que eu nascesse, Fidel era convicto que mãos de ferro são necessárias para tornar sua casa digna de respeito, deve ter sido criado por minha avó ou mãe, que não deixaram de ter razão em seu implacável autoritarismo, eis me aqui, viva e com alguma vergonha na cara. Também como elas, ele falava horas a fio, sem ser interrompido, numa espetacular capacidade, para trazer o mais profundo sono em seus ouvintes, estes com suas paciências fortemente guardadas, por seu fiel exército de militares estáticos.
Não abriu mão para os irritantes americanos, assim como eu irritada ficava quando as matriarcas de minha familia, negavam-se a me dar aqueles brinquedos caros, ou um lanche automatizado, naquela agradável época do colegial. Hoje agradeço, poderia ser portadora de hipertiroidismo, com todos aqueles hormônios.
E falam da pobreza em seu País, como se fosse possível não ter algum tipo de pobreza em qualquer Pais ou ser humano que seja, e não repetem por ai que americanos pobres; agora barganham suas casas para a previdência, ou que americanos negros são assistidos da janela do hotel por um presidente covarde, que até então só os deu migalhas.
Então provavelmente se perguntarão: Então por que diabos tantos cidadãos de Cuba se mandam de seu pais?
Para serem chamados de porcos cubanos até nos filmes de sessão da tarde, para serem simpatizantes de terroristas, para lancharem no Mac Donald, ganhar em dolar para traficar armas e drogas, morar em lugares abastardos em comunidades onde possam falar castelhano, aumentar a população pobre da terrinha do Tio Sam ou participarem como coadjuvantes em musicais no cinema e ser o personagem que dá o tempero suingado ao hip hop dos atores principais.
Segundo a narrativa do então deprimente Jabor: De armas em punho, Havana adentra , Che,Luz Del Fuego, e Fidel, eram o sonho juvenil, salvariam o socialismo. Não foi só a revolução de costumes dos anos 60 , nem a falta de liberdade, que faz do senso comum medíocre nos dias de hoje; kubanacan não é realmente a pachanga que pretendia-se, mas o que acabou não foi" a crença do desejo puro de um sujeito, que acreditou poder mudar a vida", nem" o sonho um romantico." exterminado; o que acabou, e a muito tempo, foi o bom senso, de nações que como a nossa, esquece a própria história, e valoriza as superficialidades.
Quando lá, em Guantanamo, os americanos tomarem a coragem para espantar a sombra de Fidel, aqui estaremos totalmente colonizados, aturdidos com nossos Adidas, fones de ouvidos e opiniões baratas.
Fidel, mamãe e vovó, quando se forem, estejam de bruços!
Ela me aparece, logo atrás da desilusão,
sua textura é veludo, sua voz é tranqüila.
Ela, quente como marcador de gado
deixa qualquer sujeito gago, faz do peito vil reinado.
Ela sinuosa, é elegante, alta gaba ser única,
mas temida que desejada,
mais toca do que é tocada.
Pra ela, as mais ressoantes canções foram escritas.
A Historia, tem em si sua marca.
As lágrimas sempre enfeitam sua chegada.

Ela é dona, dos mais belos adornos da dor.
Nunca tem pressa, e alguns por ela esperam toda a vida.
É nodal de tal forma a ser dramática,
e para os dramáticos de qualquer forma é bem-vinda.
Antes que ela chegue, nem sempre as coisas tem sentindo.
quando se vai , todo mistério vai consigo.
Nada explica, e silencia toda duvida.
Cultuada, é fogo, é furiosa tempestade.
plantada no chão, guarda tenra saudade.
Vem do começo,mas é o fim de toda verdade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A Bandeira

Era cedo, não marcavam sete horas no relógio da Central e a Cidade Maravilhosa já estava às pressas. No alto de um prédio uma bandeira. Bandeira nossa, que acostumamos a dizer verde-amarela.

As pessoas bem-vestidas, ternos de risca e gravatas contrastantes com camisas secas, caminhavam a passos largos e velozes para mais um dia de trabalho. Aos seus passos entreolhavam-se na praça e tinham medo. No alto de um prédio uma bandeira. Bandeira deles, que já era apenas verde.

As pessoas mal-vestidas, deitadas no banco e de consciência seca, durmiam na praça em sono profundo para mais um dia de amargura. Em seus sonhos eles tinham medo. No alto de um prédio uma bandeira. Bandeira vossa, que já não se sabia a cor.

O piquete com as vozes tomam a praça, protestavam contra as injustiças. O medo era real. No alto do piquete uma bandeira. Bandeira nossa, preta.


Por Chambinho Tennenbaum.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Quarta-Feira de Cinzas

Outro dia de insônia: a tristeza é realmente senhora. Do carnaval, agora, não restam nem as cinzas; só um resto de pó de confete, um último brilho de purpurina. Hoje lavei a colombina e o vermelho dos paetês desbotou, ficou quase com anemia. A tristeza dos paetês desbotados que eu coleciono desde criança, um dia eles vão para um quadro ou coisa assim. Olho minha colombina estendida no varal, ao lado da Carmem Miranda, da palhaça, da joaninha... da melancia não sobrou nenhum caroço... Lembro que não tem nem mais pierrô, nem arlequim, agora tudo é chato de novo, casa, faculdade, viajar e fazer comida... E uma espécie de marido pós-moderno. Tenho que expulsar os inquilinos da pensão do coração, agora o quarto tem que ser só pra um. Quem foi o muquirana que inventou a monogamia mesmo, hein?
Miss simpatia despede-se da faixa: volto a ser chata e ranzinza, ninguém mais pode olhar pra mim. O riso solto e fácil vai voltar pra cadeia de novo e ano que vem, se deus Baco quiser, irá ser solto – por uma semana e um pouco mais, graças a ele carnaval não é mais só quatro dias. Meu bando despede-se, debanda; nossos personagens que são tão, tão amigos no carnaval, agora quase nunca se encontram. Eu sou ovelha roxa de bolinha amarela, totalmente desgarrada. E volta-se a falar sobre as mesmas mazelas, o mesmo triste fim de Policarpo Quaresma.
Triste a vida ser a maior parte do ano quarta-feira de cinzas. Eu me escondi num pano de guardar confetes. Mas ainda tem um pouquinho de purpurina lá, bem no porão de mim.


Por Heleninha Berenguela

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Olá!! Antes de mais nada, gostaria de dizer que fiquei verdadeiramente lisonjeada com o convite para participar desse ilusório blog. E apreensiva.
Lisonjeada pois admiro o talento literário de minhas companheiras ervas.
E apreensiva por não possuir o mesmo talento, mas creio que os seus, agora nossos, não-leitores não vão se importar muito com esse mero detalhe. Ah, e morro de medo do Dr. Saccharomyces. Pronto falei!
Bom, como já foi dito por Solange ( aliás, muito obrigada pelo opulentíssima!!) por questões técnicas não darei o meu ar na frequência em que gostaria, mas sempre que puder estarei por aqui!
Até!!!


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Campanha: Ô Erva da Graça dê o ar de sua graça!

Após os apelos e piadas insistentes sobre um ausente talento literário, a Ervas S/A vem oferecer o espaço das lamúrias, moderado por nossa opulentíssima parenta Erva-da-Graça, que parece ter sido abduzida. Sabemos que sua colaboração não será tão presente por questões técnicas, mas esperamos que seu "trabalho" seja realizado com a destreza que nossa ilustríssima tem para o diálogo.
Manteremos a campanha até que resolva dar sinal de vida, pedimos para os nossos não-leitores que votem para que tão logo ela o faça!
Corporação Ervas S/A.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Engole o choro ( Baseado nos textos :"Mire no lado oposto e acertarás o imbecil certo" e" O Querido Assaltante de Domingas "

Pródigo: "Para os seres falantes, a sexualidade não tem nada de natural. Esta é a verdade evidenciada pelo discurso analítico. Freud estabeleceu as premissas da sexualidade amarrando-as ao complexo de castração que, segundo ele, constituía o complexo nodal das neuroses. Na expressão freudiana “complexo nodal” encontramos a idéia do que faz nó entre sexualidade e castração. O complexo de castração introduz, para cada sujeito, a necessidade de determinar-se no nível de uma escolha subjetiva com respeito à diferença sexual. Em conseqüência, o sujeito deve responder com uma posição sexuada, enquanto homem ou mulher."

Novamente venho citar este grande imbecil que é Freud , com o objetivo de ilustrar o que chamo de " Terapia auxiliar esvaziamento do saco escrotal" Por Dr: Sacharomyces Cerevices e Adelaide Anam Paraguaia 15a. Edição.

Esta terapia que possui décadas de estudos baseados em análise sobre o tema sexualização feminina, apesar de aplicada a revelia dos Drs. em Psiquiatria, vem demonstrando resultados através dos apontamentos abaixo demonstrados.

No texto"Mire do lado oposto e acerte o imbecil certo!" Por: Solange Erva Daninha, fica claro que a referida paciente está em plena temperalidade a que chamamos comumente de recalque. A vontade de agir como aborigene quando se refere ao sexo oposto,denota um padrão de elevada psicose contra a figura masculina, não diferente, pode apresentar o mesmo comportamento, mas pelo que se observa nos estudos a este respeito, possui mas desenvoltura artística para lidar com tal situação, podendo no máxima apresentar certo grau de violência sexual, nos casos modulares, geralmente consentindo. Neste caso a metodologia terapêutica tem sua forma exata quando o sexo masculino, dotado de seu artifício natural de lidar com a situação se faz presente; como se a natureza do comportamento já programasse o organismo masculino para um feed back curativo; o que acredito o ser na verdade. posto que no texto :" O querido assaltante de Domingas", a metodologia de forma aplicada ocasiona num entendimento amplo de satisfação e moderada felicidade, que seria completa se o assaltante não a fizesse voltar para buscar os cigarros.
Então surge o questionamento ao qual estou acostumado a responder para meus alunos de psiquiatria nas universidades Afegãs: Como o Sr Dr: Sacharomyces pode então identificar o distúrbio de comportamento já que, o sexo oposto funciona como Gardenal para o comportamento feminino?
Respondo: O que chamo de " psicose do não engulo e choro", tem como característica comportamental; eterna falácia por parte do sexo feminino - tal tema torna-se uma narração crônica - que se repete ao longo dos anos. A imagem que a mulher tem de si própria é de uma catadora de migalhas, ou de uma heroína feita de areia, que costuma desenvolver outros distúrbios esquizóides, uma conformidade irritante de sua desagradavél condição de "jamais ser correspondida", assunto já publicado artigo sobre Erectomia (Por Dr. Sacharomyces Cerevices - 35a. Edição).também é comum que essas mulheres reneguem relações amorosas, até onde conseguem, e comportem-se socialmente de forma particularmente promíscua.Outras características apresentam-se de forma mais discreta, geralmente elas também possuem uma certa tendência a ironias e metáforas,piadinhas infames e certa habilidade para grosserias, algumas com elegância, outras na base dos risinhos, mais a maioria delas com voz de choro, de raiva ou carótidas pulsantes.
Tratamento: Baseado em meus métodos supracitados, acredito que um exército de Agentes de Saúdes ( ou profissionais do sexo), másculos, dotados de pouca paciência, bastante indelicadeza e egoísmo;devidamente instruídos para reeducar tais mulheres dotadas de " Psicose do não engulo e choro", resolveria de forma eficiente, sendo necessário doses cavalares nos primeiros meses,com a observância na diminuição de tais características, manutenção periódicas.

Este artigo pode ser reproduzido para fins científicos desde que seja citado o nome do autor.


sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mire no lado oposto e acertarás o imbecil certo!

Se você é do tipo de pessoa escolhida para ver as trágicas burrices que você comete, sendo cometidas em massa, leia esse texto até o fim. Se um certo tema amoroso tornou-se uma verdadeiro índice para suas mazelas, está aqui o seu lugar. Se estes mesmos fatos perpassam a sua frente e você fica tentado a sacudi-lo, como se quizesse livrar o mundo desta moléstia, sinta-se em casa!
Pode ser que você seja um indivíduo que acredita realmente que o livre arbítrio reside até mesmo nos acovardamentos mais absurdos, pois bem, sempre achei que livre arbítrio não deveria existir. Deus fez uma grandissíssima besteira quando permitiu-o aos homens. Se não o tivesse feito, viveríamos como cães castrados quando filhotes.
Jamais saberíamos quão bom seria o sexo, o cio seria algo instintivo, e poderíamos, hoje, viver despreocupados com os sentimentos bombásticos que o ato sexual traz. Imaginem os homens não terem que se preocupar em abraçar ( mesmo sem vontade) aquela menina legal que acaba de levar pra cama, porque não quer queimar seu filme de "malandro gente fina", ou porque um dia seu pai lhe disse :" Pense que sua irmãzinha também pode passar por isso...", ou porque está fora de moda ser um cafajeste tão nojento. Mulheres, eu tive um sonho (...) onde numa transa casual, nós jamais falhássemos em entregar um centímetro de nossos pensamentos a criatura que, abaixo de nós, diverte-se; que nossa memória seja seletiva a ponto de não nos importarmos com o fato de ele ligar ou não, abraçar ou não, te olhar ou não, tudo não teria relevância alguma, seriamos imunes a tudo isso, usaríamos, lavaríamos e esperaríamos a próxima oportunidade.
Pior do que isso, é quando em nossa frente , vemos essas cenas que remete-nos ao infeliz ciclo de sermos infelizes, é como um trauma trazido a tona a partir de alguma particúla de gesto, cheiro, gosto; e mesmo que você alerte sem dizer o nome do difunto, a consciência da covardia fala tão alto, que se pode até ficar puto em ouvir no meio de confetes e purpurinas. Voce já sabe de quem se trata, sua cabeça te diz o nome... e vai que a sua mente resolve dizer... fantasia errada, tira tudo, e fica com a de palhaço, a única que lhe cai bem!
" Mas passou o carnaval, e agora? Pode me dizer quem é voce?"