domingo, 1 de junho de 2008

Todos os dias de Maio

Maio, foi o mês da erva sozinha.
Regina da graça que desgraça te conduz?
Será o som ermo do vazio?
Ou as palavras que não te vem a luz?
Regina que tão só aprendeu a rota,
que derrota tens a se vangloriar?
Se de triste, os caminhos ganham flores.
Se Deus gosta, de dos triste enfeitar-se.
Que Maria foi você no mês de maio?
Que Regina foi você a florear?
De que pranto foi regado o seu orvalho?
De que merda foi seu solo a sustentar?
De que seiva alimentou-se gentil carvalho?
De que pedra pôs-se em pé a sustentar?
Se te deixa a noite um caralho,
perdoe a suja boca,
mas alguem tem que falar.