quarta-feira, 13 de junho de 2007

Pela janela se via as multidões
Com seus corações infláveis em punho
Distribuídos em shopping center para quem gastasse mais,
Com intuito de conquistar seus amores,
E passear com eles como se fossem troféus.
Nesse mundo de relações de plásticos.
E pêlos pubianos; conseguem mantêm as respectivas taxas de seratoninas
Moradores de rua dormiam abraçados, não disputavam vagas nas filas de motéis.
Nem mesmo em restaurantes requintados.
Unidos pelo calor do asfalto e pela miséria,
Em dias como este, vence o amor antiestético.,
Dependente de carência, o amor da necessidade.
No canto esquerdo do banco, com os olhos pregados na janela,
uma velha amiga balança,
Embalando seu amor pela visão ambulante.
A cor vermelha a deixava agitada,
E ela unia as mãos em um contado nervoso,
Seu rosto endurecia pala flacidez do amor que passava pelo vidro.
Estava longe de ser dela, tinha medo, pois bem sabe que o amor ensandece.
O sexo, não representa mais este belo sentimento, pouco ainda representa a atração;
Significa noitada bem sucedida, excesso de bebida e pro corpo diversão.
O dia seguinte, o inicio de um jogo, de extinguir a paixão ou de novo usar o corpo.
Em dias como este, os empresários vendem amor por todos os preços,
Unem casais que, determinados, querem namorar. Não importa se não existe o querer ou algo que os movam, mas o dia determina-se dos namorados e a tv vende celular mais barato.
O amor?
Restou para quem ficou da janela, vendo a imagem passar, de acordo com o transito engarrafado, como o amor...
Feliz Dia dos Descartados!
Feliz Dia dos Contemplados!

Um comentário:

A conspiradora disse...

O amor tornou-se uma troca mercantil. Semelhante a um objeto, ele se transformou em um sentimento cobrado, que pode, estranhamente, ser comprado e, por conseguinte, substituído. Assim, o amor contemporâneo, como os produtos perecíveis nas prateleiras dos supermercados, tem data de validade.
O amor foi banalizado.