sábado, 18 de agosto de 2007

O Verdadeiro Conto de Sutiâzinho Vermelho e Ogro Mau

Era uma vez um menino que se encantou por uma menina em meio a multidão, ele estava em país estranho, e esta menina atendia a todos os quesitos para que ele se sentisse satisfeito. A menina parou der repente o olhar nos olhos do menino que já a fuzilava com seu querer irremediável. Ele aproveitou-se de conhecidos em comum e sentou-se ao lado da menina. Com a maior conversa fiada falou alguns minutos do encanto que ela havia exercido sobre os hormônios testoterônicos dele de forma mais romântica que podia. A menina munida do mais profundo afinco por ser iludida cedeu e pararam os dois no terminal rodoviário falando sobre fazer amor.
Ele, misterioso que só, quis demonstrar o cavalheirismo que dedicaria a qualquer camarada, acompanhou a menina tarde da noite alcoólica até a casa de sua avó, investindo nos sentimentos mais nobres sobre a face da terra.
Passou-se o tempo, a menina Sutiãzinho Vermelho encontrou novamente o menino Ogro Mau, e a favor do destino eles relacionavam-se sem compromisso, Ogro Mau queria namorar Sutiãzinho Vermelho. Que com certo medo disfarçado por desprezo inclinava ao pedido.
Uma bela noite, Sutiãzinho Vermelho contorcendo-se de saudades incubada, convidou Ogro Mau a sua casa. Abasteceu com a melhor bebida para que ambos sentissem-se a vontade, ela já sabia que Ogro Mau havia aceitado as condições que ela imporá para que continuassem a se dar bem, pois já havia por algumas vezes visitado a toca do Ogro e constatado que ele esquivava-se sempre de um possível romance.
Sutiãzinho Vermelho não contava com as peripécias do coração, e nesse dia em sua casa, beberam o bastante pra dizer as (in) verdades sobre tudo que se passara até então. Ogro Mau disse que foi uma bobagem ter acreditado em algo entre os dois, que invariavelmente tinha mania de achar que estava apaixonado ao primeiro sinal de saudade! Vejam só que absurdo!
Sutiãzinho ficou sem pó pra café mais segurou a pemba, sentiu-se mortalmente ferida, mais sorriu fraterna, o que se seguiu desta noite foi uma tórrida cena de amor.
Nos dias que se seguiram sentia-se completamente apaixonada, e num gritante gesto de desespero enviou um bilhete dissimulando as palavras, ele prontamente respondeu. Encontraram-se algumas vezes mais até que chegou o carnaval, data muito importante para Sutiãzinho vermelho!
Ela estava feliz; se travestida do que tinha vontade, divertindo-se com Mocréia Maravilha, e Fadinha Dorme Sujo, um pouco estremecida com a Bruxinha de Blah!
Até que aparece Ogro Mau fantasiado de gringo, trocaram rápidas palavras angustiadas sobre a noite anterior em que Sutiãzinha decidiu-se por não relaciona-se com ele definitivamente. Ele disse que havia pensado que ela estava certa, que se não estava fazendo bem a ambos a coisa tinha de ficar por ali, deu-lhe um abraço fraternal e procurou distanciar-se, com dificuldade, pois às vezes os olhares se encontravam na multidão.
Eis que surge um ex affair de subido, Sutiãzinho feliz lhe da um abraço, quando não mais que derrepente Ogro Mal sai raivoso detrás dela e passa a noite tratando com certa indiferença, desfeita apenas na volta pra casa.
Tempos depois Sutiãzinho Vermelho embarcada numa trupe imaginária, diverte-se no auto da boemia, recebe um telefonema avisando a chegada de Ogro Mau que acompanha uma amiga em comum, Sente-se um pouco tensa mais logo tudo se desfaz. Acabam na mesma cama, ela na manhã sorridente lamenta o que está por vir.
Nos últimos três dias juntos ela preocupa-se com o conforto de ambos, a melhor posição para o Ogro, no melhor estilo “mulherzinha’, escraviza-o sexualmente, porém o faz no eterno sentimento de despedida. No terceiro dia Ogro Mau esmera-se em dizer que não está preparado para “casar-se” ,sem motivo algum para dizê-lo , dá uma explicação desconjuntada para si mesmo , enquanto em choque, Sutiãzinho abandona o corpo por sobre os pêlos de Ogro Mau e reflete catatônica sobre tudo isso.
Ele se vai, deixando uma lembrança inanimada e útil, ela pensa em quem não poderia ser tão mau quanto o Ogro, e nada se dissolve além desta história.

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