segunda-feira, 4 de junho de 2007

Intercedido por Vós.

Quando que deixará de ser belo, nossos desmundos?
Nossa forma de falar em muitas, já pende diminuída.
Ora existem como água e óleo, nossas marcantes intercessões.
Ora extingue com sutileza nosso silêncioso entendimento.
Nunca fomos iguais, e nunca nos entendemos.
Penamos; ora em nosso silêncio, ora em silêncios próprios.
Oriúndos de difuso entendimento de si, e impressões de entendimento do todo,
Mas o pior são as pretensões.
Se o limite começasse e terminasse sem a pretensão do entendimento,
Poderíamos coexistir a conceber; apenas.
Sem disputas, recalques, tédio, códigos de conduta, coerência com as horas, cuidados dissecados, olhares apreendidos, posturas severamente defendidas; pra não sufocar;
Forma de lidar número 1,
Numero 2 ,
Número3,
Número 4,
Número 5,
Número 6,
Número 7,
Número 8,
Número 9.
Poderíamos falar abertamente sobre a ausência de cada um de nossos egos,
Sem duvidar do próprio caráter,
Sem necropsia de intenções,
Sem porquês retóricos,
Sem jogar na cara secretas deficiências...
E o por quê ? Queres as minhas?
Sem o falso acordo com as manias.
Sem coroações Napoleônicas, e razões caolhas.
Sem garras pra uma defesa surpresa que possa vir a surgir...
Jaz desalinhada compreensão do que um dia atou esses laços,
Por onde se arrastam antigas alegorias e nenhuma vontade de refazer as fantasias.
Foram belos carnavais, agora mortos por montanhas de desmotivações.
O luto segue mudo, consentido e respeitoso.
O voto segue opaco, eterno e velado.
E a tentativa de que torne cego o que não é resignado.
Foi intercedido pelo tempo, impreterivelmente implacável.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Eu miserável! Para que lado devo voar, infinito ódio e infinito desepero?
Para qualquer lado que voe é o Inferno; eu sou o Inferno; e, nas mais baixas profundezas, profundezas ainda mais baixas também ameaçam me devorar, abrindo-se largas, para quem o Inferno que sofro parece ser o Céu." Milton