quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Meridianos

Ai quanta bobagem!
A circulação é sempre centrípeda,
sai pelo canal a que chamamos de veia cava
incapaz de cavar fundo para enterrar sentimentos menores.
Mas retorna
e volta por outro a que chamamos de Aorta, onde nada se planta
onde nada floresce.
E porque não se existir câmaras de aconchego?Somente para esta finalidade...
que ao contrário de nos fazer descansar, enchem-se de sangue,
de vida severina,
mediados nos ventrículos que se abrem quando sentimos qualquer coisa
regulam sem impedir que disseminem.
Diminue o calibre, aumenta a pressão, e justo seria o descanso...
Mas nenhum tiro é desferido.
No lado direito esvainesce o ar, tornam o sangue "seco" da vida que poderia seguir seu curso, respirando fundo.
Mas precisam do repouso na câmara esquerda, mais espaçosa, impetuosa, e cheia de vida.
Essa não visito fregüentemente,
nela demora-se pouco, todos nós.
Antes dela tem-se a troca, bem nos pulmões, antes dela tudo lá é tóxico.
Transcorre da câmara maior, o artificio único pra elevar,
nutrindo cada movimento,
cada parte que não pode azular para necrosar
cada superfície que tem de se manter corada.
Para que rubra a face possa aceitar a descrença do próximo,
a julgo dos desconhecidos,
a dúvida dos nossos irmãos,
e a briga de cada receptor que não se polariza.
O eterno meio para não coagular.
Combatente a cada pulso de eletricidade desordenada.
Apela a própria caçada a percepção.
Quem dera que apenas orgânico fosse.
todo acolhimento é cruel, com ele vem a descrença
o preço, a total desconfiança do potencial.
Acolhida, jamais deixará de mendigar,
quem dera que conjugasse com o espírito.
a guerra de todos os dias,
nem sempre ganha, nem sempre perdida
Falando da triste forma na qual o outro não pode culpar-se,
a culpa è senão da falta de capacidade, de manter postura,
que choca com a razão , com o espírito, com as batatas que dão ramos nos vasos.
A culpa, aquela que não pode adquirir, pois não a suportaria.
A Guerra,
ora pólo Norte, ora pólo Sul.
Sempre equacionada
Sempre Equador.
Sempre Meridiana.

2 comentários:

Anônimo disse...

o funcionamento do ser organico foi feito tudo de maneira adequadamente...Que temos dentro de nos um sistema organizado com purezas e impurezas, onde ambas as partes sao separadas por mecanismos diferentes..Tudo isso esta conectado com um espirito...uma forca diferente que foi capaz de nos criar. Mas que o homem se conecta mais com as impurezas do que as purezas.
Isabela diz:
"Acolhida, jamais deixará de mendigar,
quem dera que conjugasse com o espirito."
a dúvida dos nossos irmãos,
e a briga de cada receptor que não se polariza.
a mensagem que deveria ser transmitida nao chega a origem.....
por isso as vezes nos deslocamos para os caminhos da impureza....

Dana Wolfembrant disse...

Algumas pessoas como a Isabela , não poderiam deixar mais enfatico, o que puramente racional, pode ser para outros puro lirismo... Valeu Belinha, pelas belas palavras.
bjos