terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os Senhores do absurdo nascem descalços

E como tudo que nasce,

choram ao encontrar o ar.

Mas diferentes dos demais a razão é porque gostam do sufoco.

Tornam-se meninos adoráveis, sorridentes e agressivos.

Culpam o óbito de alguém,

mas não se maculam por motivo algum.

Senhores absurdos tomam para si mulheres absurdas

Coabitam a noite, como que ratos a procura do que te é possível .

Somente.

Capazes de estrondosa audácia, distribuem sorrisos

e tomam tempos preciosos.

São solícitos como damas-de-companhia

e resistentes como reticências em frases preguiçosas.

Cartesianos que são,

se mostram infinitos

e seus limites são os de poças d’agua no asfalto quente.

Absurdos são as coisas que dizem sem embasamento algum,

Criativos ornamentam intenções e trejeitam dons.

Manipulam o som para agradar, quem esbarrar com azar em seus ombros.

Querem a beleza a que são incapazes, imaginam no leito de uma rodovia qualquer.

.

Os Senhores do absurdo morrem sem saber por onde caminhar.

Por esta razão nascem descalços

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