Os Senhores do absurdo nascem descalços
E como tudo que nasce,
choram ao encontrar o ar.
Mas diferentes dos demais a razão é porque gostam do sufoco.
Tornam-se meninos adoráveis, sorridentes e agressivos.
Culpam o óbito de alguém,
mas não se maculam por motivo algum.
Senhores absurdos tomam para si mulheres absurdas
Coabitam a noite, como que ratos a procura do que te é possível .
Somente.
Capazes de estrondosa audácia, distribuem sorrisos
e tomam tempos preciosos.
São solícitos como damas-de-companhia
e resistentes como reticências em frases preguiçosas.
Cartesianos que são,
se mostram infinitos
e seus limites são os de poças d’agua no asfalto quente.
Absurdos são as coisas que dizem sem embasamento algum,
Criativos ornamentam intenções e trejeitam dons.
Manipulam o som para agradar, quem esbarrar com azar em seus ombros.
Querem a beleza a que são incapazes, imaginam no leito de uma rodovia qualquer.
.
Os Senhores do absurdo morrem sem saber por onde caminhar.
Por esta razão nascem descalços
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