segunda-feira, 2 de julho de 2007

Suivo para raras mulheres

Claro que não está claro o quão escuro poderia estar,
Mas no fim, é claro, acabou
e a ti não se deve deixar.
Lembranças não necessariamente pode ser um lar.
Mas em tudo que se via; em casa você não estava,
ou não deveria estar?
Não se sabe ao certo, se em vão seria todas as vezes que foram tentadas,
Colocar-te na imagem,
te motivar um som,
te mover dentro do contexto,
Manter-te intacta nos bons momentos, manter-te viva no enquadramento...
Falhei;
só posso manter-te ora em maus esquadros ou dentre deles os mais tediosos.
Tua presença ouriça meus pêlos;
Tua voz retroage, e volta a falar,
é incessante e doravante pesada,
com grande carga de insuficiência.
Tens pena no olhar, é lutuosa, densa,
a alma, tem tempestades obscuras.
Não podes mais interagir sem massificar.
Ver sem julgar e se sentir julgada;
Tornas-te carrasco de ti, e de mim;
Trazes ao seu redor o falso poder de domar,
Precisas de beleza indiscreta e execrável,
e sois bela apenas nos cascos.
És da cachaça o gosto mais amargo, volátil e passas despercebida apesar da presença.
Amas apenas a quem os seus podem amar,
estás suspensa,
amarrada em teus lábios de metal, metafóricos,
em teus lápis sem cor, em tuas madeixas óbvias.
Apagada em todos os peitos,
berrando até por um falso olhar,
espreitando até mesmo as falsas presenças.
Possuis vontade de sentir teu corpo apertado, nos laços da esbórnia de qualquer um;
Pois o que queres é demasiado banal, demasiado comum.
Justificativas vãs consolariam duras palavras, mas proferes de forma hábil.
Pois só podes enxergar o que reflete o espelho,
o que refrata tuas convivências,
O que podes consumir de ávida forma.
Querias a destreza do talento das mãos, chegaste até a desejar o que não lhe é tátil.
Acreditas no que nem ao menos podes imaginar,
pois construiu por demais concreto, tua própria compreensão,
de absoluto inebriante a forma de seres imensamente rarefeita.

3 comentários:

Maria Erva Doce disse...

Demorou, mas disse o que de prévia já estava pronto apenas aguardando o momento. Aplausos! Sabes bem quem és. Firme nas suas convicções e conhecedora profunda das mazelas alheias. Estará a salvo sempre que quiser.

Anônimo disse...

Pertinente, muito pertinente...

Dana Wolfembrant disse...

Muito obrigada Erva venenosa!
Mas a pertinencia se dá somente pelo entendimento da recepção dos fatos...